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sábado, 21 de maio de 2011

QUE ATIRE A GRAMÁTICA QUEM NUNCA USOU UM DICIONÁRIO...

Semana de polêmicas em questão à gramática da nossa língua portuguesa. Quanta condenação... Que atire a gramática quem nunca usou um dicionário!
Como professor de português não poderia ficar de fora deixando de tecer comentários.
Conforme Bagno (2003, p. 9) "o preconceito linguístico está ligado, em boa medida, à confusão que foi criada, no curso da história, entre língua e gramática normativa". E ainda diz que a nossa tarefa, como professores, é desfazer essa confusão.
De acordo com o linguísta diariamente o preconceito aos falantes é alimentado em programas de televisão, de rádio, em colunas de jornais, revistas, livros, e em manuais que querem de qualquer forma ensinar o que é certo e o que é errado. E olha que, se fossar, encontraremos muitos "erros" ai.
Temos também Luft (2001, p. 16) dizendo que "todas as regras que não contribuem para a eficiência comunicativa, as que embaraçam e atravancam a comunicação, que dão ao aluno a ideia de que "aula de Português é uma chateação", não serve para nada". Ou seja, escrever bem é escrever claro, não necessariamente certo.
E, por último, vale citar Bechara (2001, p. 29) dizendo que "geralmente se ouve que a língua é imposta ao homem. Trata-se de uma obrigação aceita livremente, e não de uma imposição. Este é o significado original da palavra latina obligatio. A língua não é "imposta" ao homem; este dispõe dela para manifestar sua liberdade expressiva".
Como bem disse Oswald de Andrade em seu poema Pronominais:


Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro

É isso ai!

BAGNO, Marcos. Preconceitos linguístico. 27ª ed. São Paulo: Loyola, 2003.
BECHARA, Evanildo. Moderna gramática portuguesa. 37ª ed. rev. e ampl. Rio de Janeiro: Lucerna, 2001.
LUFT, Celso Pedro. Língua e liberdade: por uma nova concepção da língua materna. São Paulo: Ática, 2001.

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