Ultimamente tenho andado decepcionado comigo mesmo. Sinto-me as vezes fracassado como educador. "Medito constantemente" em como conseguir controlar, ou mesmo dominar uma sala de aula. Isto é muito triste!
Preparar aula? Para quê? Dificilmente se é aplicado aquilo que é planejado. Falar em sala de aula? Impossível! Muitas vezes simplesmente é apenas escrito em quadro negro para que copiem... quando o fazem.
Por outro lado percebo que vive-se um outro mundo, uma outra geração totalmente diferente da minha, uma época que na verdade, nós, os mais veteranos não conseguimos nos encaixar, fazer parte, compreender, sabe como é...
Falar palavrão, o que para a juventude atual é natural, ainda soa em meus ouvidos como algo inaceitável, profano, principalmente quando dito pelas meninas, não consigo aceitar, acho abominável. E pela lógica da "coisa" não deveria.
Afinal, de que forma o educador deve acompanhar a época? Pondo em prática o que aprendeu no passado? Ou viver a época presente - propriamente dita? Não sei.
A tecnologia. Ah! ah tecnologia...
Não sei também se veio para nos ajudar. As vezes acredito que sim, as vezes que não. O que sei é que está "impossível" controlar em sala de aula os aparelhos sonoros... celular, MP3, MP4, smartphone, etc. Bonés? ai...aiai...aiai... Parece engraçado, mas até posso dizer que não atrapalham com o uso deste durante a aula, então não vejo porque implicar, agora os aparelhos, estes sim, tornaram-se os horrores de nosso dia a dia. Aliás, em dias de jogos de futebol, do tipo quarta feira já nem me estresso mais, ai sim fica descontrolável.
Aplicar regras, impôr leis, brigar, criticar, achar ruim, esbravejar, gritar, empeitar, encarar, resmungar, chamar os pais, nada disso parece corrigir a atual situação.
É comum encontrar carros de professores riscados, alunos que enfrentam professores, diretores, inspetores, mesmo ameaças, que até mesmo se cumprem.
Meu mestre, Daisaku Ikeda, em sua Proposta Educacional: Algumas Considerações sobre a Educação do Século XXI (2006, p. 9) tece comentários dizendo que "há pesquisas que indicam que um terço dos professores de salas de aula, cuja função é a de se responsabilizar por essas crianças, relatam que ficam tão frustados que chegam a pensar em abandonar tudo. Se nada for feito, talvez testemunharemos a quebra de todo um sistema escolar." Em outra parte ele diz (2006, p. 11): "Se é a educação, em seu sentido mais amplo, que possibilita aos seres humanos expressarem verdadeiramente sua humanidade, então, deve haver alguma desordem funcional na sociedade contemporânea que impede os indivíduos de se tornarem genuinamente maduros."
Ainda comenta que numa sociedade carente de modelos que possam inspirar a próxima geração, é natural que a educação não funcione adequadamente.
Está na hora de juntos - pensadores, diretores, supervisores, educadores, governadores, prefeitos, secretários, tantos outros, avaliar a atual situação, que está crítica, para podermos, se não corrigirmos, melhorarmos, porque da forma que está não dá!
Como indicação sugiro que assistam ao filme "Pro dia nasce feliz" que se trata de uma belo documentário retratando o dia a dia da educação no Brasil, muito interessante! Acessem http://www.youtube.com/watch?v=74jokEl7RQ4
Pensemos nisto!
REVOLUÇÃO HUMANA
"A grandiosa Revolução Humana de uma única pessoa irá um dia impulsionar o destino total de um país, além disto, será capaz de transformar o destino de toda a humanidade."
Daisaku Ikeda
Daisaku Ikeda
Você é professor(a)
Você tem o livro Educação para uma Vida Criativa de Tsunessaburo Makiguti
Se "sim" já leu
Se "não" tem interesse de adquirir
Prof. Marcos Roberto
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