Moravámos em uma pequena casa que bem me recordo meu pai conseguiu sua compra com grande esforço. Era pequena mesmo!
Certa ocasião, antes da aquisição desta casa, um primo meu sabendo que meus pais guardavam as economias embaixo da mala que se encontrava no guarda-roupa (que eram poucas), para humildemente ser possível pelo menos uma pequena entrada na negociação da compra, agindo de má fé chegou na casa onde morávamos de aluguel, e como meus pais não se encontravam porque estavam conversando com o proprietário para "fechar a compra", sem que esperássemos - nesta dia apenas minha tia estava em casa cuidando da gente que na época éramos pequenos - chegou usando o nome de meu pai dizendo que haviam pedido para que levasse o dinheiro que estavam aguardando para confirmar a compra, sem que percebessêmos era um golpe que só soubemos quando meus pais chegaram. Por um bom tempo não ouvimos falar neste nosso primo sacana.
Tinha dois cômodos que tentavam proteger sete pessoas, meus pais eu e meus quatro irmãos. Lembro-me que em dias de chuva era um sufoco, corríamos para debaixo da mesa para nos proteger dos trovões que morríamos de medo e também das goteiras que eram em excesso. Em épocas de frio não era muito diferente, era rachadura nas paredes, tantas telhas quebradas, tantos vãos entre a porta e janela que era impossível a não entrada do vento gelado. Outro detalhe é que quando chegamos após a compra não havia nem mesmo energia elétrica, era à base de luz de vela.
Neste lugar foi construído nosso passado que continua em nossas lembranças com um valor inestimável! Um tesouro!
Apesar das dificuldades tenho orgulho de tudo principalmente pelo exemplo de esforço aplicado pelos meus pais. Esta humilde residência existe até hoje.
É isso ai!
REVOLUÇÃO HUMANA
"A grandiosa Revolução Humana de uma única pessoa irá um dia impulsionar o destino total de um país, além disto, será capaz de transformar o destino de toda a humanidade."
Daisaku Ikeda
Daisaku Ikeda
Você é professor(a)
Você tem o livro Educação para uma Vida Criativa de Tsunessaburo Makiguti
Se "sim" já leu
Se "não" tem interesse de adquirir
Prof. Marcos Roberto
domingo, 30 de maio de 2010
terça-feira, 25 de maio de 2010
OUÇAM ESTE BRADO DESESPERADO...
Mais uma vez confesso que estou com medo. Medo do dia a dia, das pessoas, da vida. Medo de me deparar com a brutalidade, com a ignorância, com a violência, com a frieza na forma com que está sendo tratado o ser humano, da forma com que brincam de tirar o bem mais precioso das pessoas que é a VIDA! Sim "brincadeira" conforme comenta o apresentador José Luís Datena a quem vai meu abraço, e reforço com outro jargão seu "me ajuda ai pô!".
Recentemente comentei que o jeito seria isolação total no meio da floresta amazônica, viver entre os bichos, com cobras venenosas, onças que podem estar famintas, animais capazes de aniquilar com uma só mordida qualquer vida despreparada. Dessa forma acho que estaríamos mais protegidos, mais seguros (até quando não sei) do que viver entre pessoas desavisadas da importância que tem uma única vida. Acredito que esses tipos de "gente" não imaginam isto, apenas executam sem dó.
No final do filme "Pro Dia Nascer Feliz" disponível em www.youtube.com.br é apresentado um documentário referente ao dia a dia da educação nas escolas brasileiras; quanta originalidade é mostrada, aconselho a todos a assistirem.
No final do documentário tem uma reportagem de uma ex estudante que matou a sangue frio, a tiros outra estudante, onde ela comenta os motivos dizendo também que matou imaginando que a menina cairia morta ali mesmo, mas que ainda levou dez minutos para morrer. Nossa! Quanto arrepio sinto ao relembrar as cenas e as palavras desta menina, muita frieza para uma só pessoa. E disse ainda ao ser questionada se não tinha arrependimento do que fez comentando que não e que ela, a menina em quem atirou, iria morrer mesmo um dia, apenas adiantou sua morte.
Que coisa deplorável! Com tanto avanço em nossas vidas que parece não adiantar de nada pelo tratamento existente quando se diz respeito a vida! O ser humano está estagnado! Os jovens estão sem rumo! As pessoas estão sem rumo!
Por favor, ouçam este brado!
É isso ai!
Recentemente comentei que o jeito seria isolação total no meio da floresta amazônica, viver entre os bichos, com cobras venenosas, onças que podem estar famintas, animais capazes de aniquilar com uma só mordida qualquer vida despreparada. Dessa forma acho que estaríamos mais protegidos, mais seguros (até quando não sei) do que viver entre pessoas desavisadas da importância que tem uma única vida. Acredito que esses tipos de "gente" não imaginam isto, apenas executam sem dó.
No final do filme "Pro Dia Nascer Feliz" disponível em www.youtube.com.br é apresentado um documentário referente ao dia a dia da educação nas escolas brasileiras; quanta originalidade é mostrada, aconselho a todos a assistirem.
No final do documentário tem uma reportagem de uma ex estudante que matou a sangue frio, a tiros outra estudante, onde ela comenta os motivos dizendo também que matou imaginando que a menina cairia morta ali mesmo, mas que ainda levou dez minutos para morrer. Nossa! Quanto arrepio sinto ao relembrar as cenas e as palavras desta menina, muita frieza para uma só pessoa. E disse ainda ao ser questionada se não tinha arrependimento do que fez comentando que não e que ela, a menina em quem atirou, iria morrer mesmo um dia, apenas adiantou sua morte.
Que coisa deplorável! Com tanto avanço em nossas vidas que parece não adiantar de nada pelo tratamento existente quando se diz respeito a vida! O ser humano está estagnado! Os jovens estão sem rumo! As pessoas estão sem rumo!
Por favor, ouçam este brado!
É isso ai!
domingo, 9 de maio de 2010
MOMENTOS DOURADOS DE MINHA VIDA...
Gosto do programa de tv "Todo Mundo Odeia o Chris" que diariamente é transmitido à tarde, pelo fato de registrar passagens de sua vida no passado. Passagens estas cômicas, engraçadas, que ficou registrada.
Gosto tanto que resolvi escrever algumas passagens de minha vida. Poderão ser "engraçadas", "cômicas", "tristes" ou mesmo "felizes". A intenção é apenas de relembrar para deixar também registrada.
Como muitas pessoas do mundo também tive uma infância não muito fácil.
Meu pai, assim como muitos pais, se esforçava diariamente para que não faltasse nada a nossa família - este é um dos orgulhos que tive de tê-lo como pai, ele sempre foi, e sempre será meu espelho - eu com minha pureza no coração percebia isto e queria contribuir de alguma forma. Foram muitas as vezes que ao chegar em casa após a escola voltava para a rua indo até o "garrafeiro" (assim que chamávamos na época os compradores de sucatas) onde eu solicitava emprestado um carrinho (destes que podemos ver mesmo nos dias de hoje feito muitas vezes com rodas de carro, que mais se parece uma carroça) para no lixões vasculhar e colher de tudo, vidros, latas, papelão, alumínio, cobre etc. Andava quilometros e quilometros, horas e horas sob sol e chuva, ou frio, não tinha época. No final do dia o apurado não era muito, mas tenho certeza que este pouco somado à minha vontade de ser útil a minha família se transformava e um "montão". Com ele, lembro-me muito bem, comprava as vezes pãezinhos ou mesmo "bengala" para podermos tomar café, entre outras compras. Me orgulho disto!
Dessa forma quero dizer que não tenho vergonha nenhuma de ter ido a rua puxando um carrinho recheado de "lixo" para ser trocado por dinheiro, mesmo que fosse pouco, ao contrário, como já dito, serviu como diretriz de futuro para mim, esta foi a melhor fase de minha vida que fez com que eu me lapidasse como ser humano, valorizasse o esforço, coisa que nos dias de hoje, pouco se vê, ou ouvimos falar, da mesma forma que não se percebe outros valores praticados pelo ser humano! Foram muitas as vezes que andava descalço e durante esta caminhada cortava o meu pé ou a mão em cacos de vidro, assim como furava meus membros com pregos, ou outro material cortante jogado no "lixão".
Outro fato que não tenho vergonha em dizer foi também quando em outros momentos fui "engraxate", será que ainda existe este ofício? Me recordo de implorar para engraxar os sapatos, poucos queriam, então não pratiquei muito. Valeu a experiência.
De meu pai, este também me fez transformar no que sou hoje, ter um caráter integro. Como sou grato!
É isto ai!
Gosto tanto que resolvi escrever algumas passagens de minha vida. Poderão ser "engraçadas", "cômicas", "tristes" ou mesmo "felizes". A intenção é apenas de relembrar para deixar também registrada.
Como muitas pessoas do mundo também tive uma infância não muito fácil.
Meu pai, assim como muitos pais, se esforçava diariamente para que não faltasse nada a nossa família - este é um dos orgulhos que tive de tê-lo como pai, ele sempre foi, e sempre será meu espelho - eu com minha pureza no coração percebia isto e queria contribuir de alguma forma. Foram muitas as vezes que ao chegar em casa após a escola voltava para a rua indo até o "garrafeiro" (assim que chamávamos na época os compradores de sucatas) onde eu solicitava emprestado um carrinho (destes que podemos ver mesmo nos dias de hoje feito muitas vezes com rodas de carro, que mais se parece uma carroça) para no lixões vasculhar e colher de tudo, vidros, latas, papelão, alumínio, cobre etc. Andava quilometros e quilometros, horas e horas sob sol e chuva, ou frio, não tinha época. No final do dia o apurado não era muito, mas tenho certeza que este pouco somado à minha vontade de ser útil a minha família se transformava e um "montão". Com ele, lembro-me muito bem, comprava as vezes pãezinhos ou mesmo "bengala" para podermos tomar café, entre outras compras. Me orgulho disto!
Dessa forma quero dizer que não tenho vergonha nenhuma de ter ido a rua puxando um carrinho recheado de "lixo" para ser trocado por dinheiro, mesmo que fosse pouco, ao contrário, como já dito, serviu como diretriz de futuro para mim, esta foi a melhor fase de minha vida que fez com que eu me lapidasse como ser humano, valorizasse o esforço, coisa que nos dias de hoje, pouco se vê, ou ouvimos falar, da mesma forma que não se percebe outros valores praticados pelo ser humano! Foram muitas as vezes que andava descalço e durante esta caminhada cortava o meu pé ou a mão em cacos de vidro, assim como furava meus membros com pregos, ou outro material cortante jogado no "lixão".
Outro fato que não tenho vergonha em dizer foi também quando em outros momentos fui "engraxate", será que ainda existe este ofício? Me recordo de implorar para engraxar os sapatos, poucos queriam, então não pratiquei muito. Valeu a experiência.
De meu pai, este também me fez transformar no que sou hoje, ter um caráter integro. Como sou grato!
É isto ai!
quarta-feira, 5 de maio de 2010
CONSIDERAÇÕES SOBRE A EDUCAÇÃO...
Ultimamente tenho andado decepcionado comigo mesmo. Sinto-me as vezes fracassado como educador. "Medito constantemente" em como conseguir controlar, ou mesmo dominar uma sala de aula. Isto é muito triste!
Preparar aula? Para quê? Dificilmente se é aplicado aquilo que é planejado. Falar em sala de aula? Impossível! Muitas vezes simplesmente é apenas escrito em quadro negro para que copiem... quando o fazem.
Por outro lado percebo que vive-se um outro mundo, uma outra geração totalmente diferente da minha, uma época que na verdade, nós, os mais veteranos não conseguimos nos encaixar, fazer parte, compreender, sabe como é...
Falar palavrão, o que para a juventude atual é natural, ainda soa em meus ouvidos como algo inaceitável, profano, principalmente quando dito pelas meninas, não consigo aceitar, acho abominável. E pela lógica da "coisa" não deveria.
Afinal, de que forma o educador deve acompanhar a época? Pondo em prática o que aprendeu no passado? Ou viver a época presente - propriamente dita? Não sei.
A tecnologia. Ah! ah tecnologia...
Não sei também se veio para nos ajudar. As vezes acredito que sim, as vezes que não. O que sei é que está "impossível" controlar em sala de aula os aparelhos sonoros... celular, MP3, MP4, smartphone, etc. Bonés? ai...aiai...aiai... Parece engraçado, mas até posso dizer que não atrapalham com o uso deste durante a aula, então não vejo porque implicar, agora os aparelhos, estes sim, tornaram-se os horrores de nosso dia a dia. Aliás, em dias de jogos de futebol, do tipo quarta feira já nem me estresso mais, ai sim fica descontrolável.
Aplicar regras, impôr leis, brigar, criticar, achar ruim, esbravejar, gritar, empeitar, encarar, resmungar, chamar os pais, nada disso parece corrigir a atual situação.
É comum encontrar carros de professores riscados, alunos que enfrentam professores, diretores, inspetores, mesmo ameaças, que até mesmo se cumprem.
Meu mestre, Daisaku Ikeda, em sua Proposta Educacional: Algumas Considerações sobre a Educação do Século XXI (2006, p. 9) tece comentários dizendo que "há pesquisas que indicam que um terço dos professores de salas de aula, cuja função é a de se responsabilizar por essas crianças, relatam que ficam tão frustados que chegam a pensar em abandonar tudo. Se nada for feito, talvez testemunharemos a quebra de todo um sistema escolar." Em outra parte ele diz (2006, p. 11): "Se é a educação, em seu sentido mais amplo, que possibilita aos seres humanos expressarem verdadeiramente sua humanidade, então, deve haver alguma desordem funcional na sociedade contemporânea que impede os indivíduos de se tornarem genuinamente maduros."
Ainda comenta que numa sociedade carente de modelos que possam inspirar a próxima geração, é natural que a educação não funcione adequadamente.
Está na hora de juntos - pensadores, diretores, supervisores, educadores, governadores, prefeitos, secretários, tantos outros, avaliar a atual situação, que está crítica, para podermos, se não corrigirmos, melhorarmos, porque da forma que está não dá!
Como indicação sugiro que assistam ao filme "Pro dia nasce feliz" que se trata de uma belo documentário retratando o dia a dia da educação no Brasil, muito interessante! Acessem http://www.youtube.com/watch?v=74jokEl7RQ4
Pensemos nisto!
Preparar aula? Para quê? Dificilmente se é aplicado aquilo que é planejado. Falar em sala de aula? Impossível! Muitas vezes simplesmente é apenas escrito em quadro negro para que copiem... quando o fazem.
Por outro lado percebo que vive-se um outro mundo, uma outra geração totalmente diferente da minha, uma época que na verdade, nós, os mais veteranos não conseguimos nos encaixar, fazer parte, compreender, sabe como é...
Falar palavrão, o que para a juventude atual é natural, ainda soa em meus ouvidos como algo inaceitável, profano, principalmente quando dito pelas meninas, não consigo aceitar, acho abominável. E pela lógica da "coisa" não deveria.
Afinal, de que forma o educador deve acompanhar a época? Pondo em prática o que aprendeu no passado? Ou viver a época presente - propriamente dita? Não sei.
A tecnologia. Ah! ah tecnologia...
Não sei também se veio para nos ajudar. As vezes acredito que sim, as vezes que não. O que sei é que está "impossível" controlar em sala de aula os aparelhos sonoros... celular, MP3, MP4, smartphone, etc. Bonés? ai...aiai...aiai... Parece engraçado, mas até posso dizer que não atrapalham com o uso deste durante a aula, então não vejo porque implicar, agora os aparelhos, estes sim, tornaram-se os horrores de nosso dia a dia. Aliás, em dias de jogos de futebol, do tipo quarta feira já nem me estresso mais, ai sim fica descontrolável.
Aplicar regras, impôr leis, brigar, criticar, achar ruim, esbravejar, gritar, empeitar, encarar, resmungar, chamar os pais, nada disso parece corrigir a atual situação.
É comum encontrar carros de professores riscados, alunos que enfrentam professores, diretores, inspetores, mesmo ameaças, que até mesmo se cumprem.
Meu mestre, Daisaku Ikeda, em sua Proposta Educacional: Algumas Considerações sobre a Educação do Século XXI (2006, p. 9) tece comentários dizendo que "há pesquisas que indicam que um terço dos professores de salas de aula, cuja função é a de se responsabilizar por essas crianças, relatam que ficam tão frustados que chegam a pensar em abandonar tudo. Se nada for feito, talvez testemunharemos a quebra de todo um sistema escolar." Em outra parte ele diz (2006, p. 11): "Se é a educação, em seu sentido mais amplo, que possibilita aos seres humanos expressarem verdadeiramente sua humanidade, então, deve haver alguma desordem funcional na sociedade contemporânea que impede os indivíduos de se tornarem genuinamente maduros."
Ainda comenta que numa sociedade carente de modelos que possam inspirar a próxima geração, é natural que a educação não funcione adequadamente.
Está na hora de juntos - pensadores, diretores, supervisores, educadores, governadores, prefeitos, secretários, tantos outros, avaliar a atual situação, que está crítica, para podermos, se não corrigirmos, melhorarmos, porque da forma que está não dá!
Como indicação sugiro que assistam ao filme "Pro dia nasce feliz" que se trata de uma belo documentário retratando o dia a dia da educação no Brasil, muito interessante! Acessem http://www.youtube.com/watch?v=74jokEl7RQ4
Pensemos nisto!
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